Image Map

16 junho 2014

A rejeitada chupeta


Sou do tipo de mãe que ama tudo que auxilia a vida materna. Inclusive e principalmente a chupeta. Porém esse meu amor não foi o sulficiente para amolecer o coração da pequena Mariana enquanto a isso.
Antes mesmo dela nascer, já tinha guardada mais do que uma duzia de chupetas. Alias, uma mais linda do que a outra. Tinha comprado pensando com qual roupa usar, cheguei até a customizar algumas com a ajuda da vovó babona (Tati), que igual a mim, é totalmente a favor da chupeta. Pois bem, nada adiantou, mas creio que a causa da rejeição era culpa minha...

Eu tentei, tentei muito, mas tentei na hora errada. A Mari, quando nasceu, era um bebê totalmente tranquilo, não dava um pingo de trabalho, então por isso acabei não oferecendo a chupeta para ela enquanto ainda dava tempo. Naquela época, como a Mari não abria a boca para nada e quando abria eu dava o peito e funcionava, eu não via o porque oferecer o plastico (chupeta) e isso não me fez falta até os três meses. Do terceiro mês em diante, tive que voltar a frequentar a escola e foi ai que eu me dei conta do quanto a chupeta é essencial...Quer dizer, eu nem tanto, afinal quando a nenem estava comigo eu a dava de mama, mas quando eu não estava presente minha mãe e ela sofriam. Ela chorava do momento em que eu saia do carro para entrar na escola, até a hora que eu chegava. Foi aí que me dei conta do quão necessária é o bico na vida de um bebê e também foi o momento que eu mais insisti para a adaptação.
Mergulhava no leite em pó, molhava com leite de peito, cheguei a colocar até um pouquinho de mel, mas nada fazia com que ela pegasse a chupeta de vez. Tentei até o sexto mês e depois desisti. Tinha certeza que a fase de choros inacabaveis havia passado e sabia também que conforme o seu crescimento, outras coisas passariam a acalmar ela. E foi dito e feito! Ela aprendeu novas coisas, descobriu a mãozinha e com isso descobriu também que podia pegar os brinquedos e mordedores.
Porém, conforme cresce, novas coisas aprendem e junto com as novas coisas, mais manias e birras também. Como diz minha vó a Mari se tornou uma criança "cheia de saúde", tão cheia de saúde que chega a ser terrível. Ela não quieta um só segundo, e como toda criança vive sofrendo pequenos acidentes, e os pequenos acidentes vem acompanhado por choros e berros. Sei que nessa fase a chupeta também ajudaria bastante, afinal ela é um calmante para muitos bebês. Mas como já estou acostumada, nada que um colhinho e um denguinho não resolva, afinal, tive que criar meus metodos.
A Mari também passou pela fase de chupar o dedo, o que me preocupou muito. Mas com outras coisas para interagir-la, logo passou e hoje as vezes, até vai com o dedinho na boca mas logo tira. É mais para coçar a gengiva. E essa é outra fase que talvez ela nem tivesse passado se usasse chupeta, mas ainda bem que não tive muito trabalho rs.
Eu sempre soube que depois de um certo tempo de vida era bobeira continuar tentando, então quando desisti guardei algumas de recordação e outras dei e coloquei uma no baú dela, para quando ela aprendesse a brincar de boneca estas servissem de calmante para as filhas dela e não para ela. Alias, nunca imaginei que depois de tantas tentativas sem sucesso um dia, depois que eu tivesse esquecido da existencia da bendita chupeta ela resolveria gostar da chupeta do nada! Um dia cheguei em casa, abri a porta, e quem estava la, me esperando, na sala com a chupeta na boca, chupando como se não ouvesse amanhã? Sim, a Mariana. Na hora eu comecei a rir e logo tirei e joguei a chupeta no lixo, até porque já aprendi quais as manias da Mariana e já nos adaptamos uma a outra. Ela já esta com um ano e não ha um porque eu insentivar ela com uma coisa e daqui alguns meses ter que brigar para tirar. Acho mais judiação forçar a deixar uma mania que agora não é mais util do que ela chorar alguns segundos a mais.
Bom, se qualquer mamãe me perguntasse qual o meu ver sobre a chupeta minha resposta seria positiva até um certo ponto. Acho que a chupeta só pode acompanhar a criança até uns dois anos no máximo, depois disso acho que passa a se tornar um abito nada saudavel.